Nesta quinta-feira, momentos antes de presidir a missa de sétimo dia pelas vítimas da queda da barreira da Mina do Córrego do Feijão, de propriedade da mineradora Vale, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo concedeu uma rápida entrevista coletiva em frente a Igreja Matriz de São Sebastião, que fica no centro da cidade.
“Temos um longo caminho a percorrer. Minas Gerais não pode ser mais a mesma, assim como o Brasil tem que ser diferente. E nossa tarefa como Igreja Católica é ajudar, porque há um horizonte para o bem, para a justiça e a verdade”, afirmou Dom Walmor.
O arcebispo de Minas Gerais também pediu a responsabilização dos responsáveis pela queda da barragem. “A nossa Igreja Católica, bem como todos os segmentos da sociedade, temos que cobrar justiça e responsabilização daqueles que foram os agentes deste crime”, ponderou o religioso. “A legislação minerária não pode continuar como está, se não veremos outras catástrofes”, reiterou.
Durante a homilia, o arcebispo leu uma mensagem enviada pelo Papa Francisco, por meio do Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin. “Apesar das vicissitudes humanas, dos contratempos e das tragédias, é Ele quem conduz a nossa vida”. Em seguida, Dom Walmor pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da queda da barragem na sexta-feira, 25.
Dom Walmor, em tom assertivo, pediu novos rumos à sociedade. Afirmou que as empresas precisam valorizar mais o ser humano e não colocar o lucro acima de tudo. “Diante de toda esta tragédia, Minas Gerais não pode ser mais a mesma. Precisamos dar um novo rumo à nossa sociedade. Somos chamados a dizer não à idolatria do dinheiro”, protestou.
FONTE : noticias.cancaonova.com