Pentecostes: tempo de uma nova efusão do Espírito Santo

“A Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz” (CIC 766), toma um novo impulso no dia de Pentecostes, quando os apóstolos estavam reunidos em Jerusalém (At 2,1-4), trancados em uma sala cheios de medo, insegurança e timidez, mas são surpreendidos com a vinda do Espírito Santo sobre eles. Isso aconteceu porque acreditaram na promessa (Jo 15,26-27) e foram obedientes ao continuar em Jerusalém, reunidos em oração, aguardando o que Jesus prometeu “Eu vos mandarei o prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,29). A partir deste momento, os apóstolos perderam o medo e começaram a testemunhar Jesus vivo e ressuscitado.

Quando Paulo encontrou os discípulos de João Batista, homens convertidos, mas sem a força do Espírito (At 19,1-6), ele ficou surpreso e foi inevitável a pergunta: “recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?” (At 19,2a). Como seria nos dias de hoje para pessoas, que abraçaram a fé em Jesus Cristo através da Igreja Católica, ouvir esta mesma pergunta que Paulo fez a esses discípulos de João Batista? A resposta deles foi “não, nem se quer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!” (At 19,2b). Obviamente Paulo percebeu que faltava naqueles homens a força do Espírito Santo e fez esta pergunta. Será que ele percebeu tristeza, timidez e insegurança naqueles homens? A leitura diz que “Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam” (At 19,6), possivelmente a vida deles não foi a mesma depois daquele momento.

Muitas pessoas mudaram a sua vida a partir da experiência com o Espírito Santo, uma dessas experiências aconteceu em 1967 na universidade de Duquesne (Pittsburgn, na Pensilvânia- EUA), foi à partir daí que surgiu a Renovação carismática católica. Hoje com milhares de Grupos de Oração espalhados pelo mundo inteiro, vivendo essa experiência única através da efusão do Espírito Santo.

O Espírito que ungiu os profetas no antigo testamento, os apóstolos, Paulo e os discípulos, agora se revela a todos dando dons, unção, poder e autoridade “Pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor nosso Deus “(At 2,39). O mesmo Espírito Santo que tirou os apóstolos da condição de pessoas medrosas e tímidas, e os deu um novo impulso missionário, é o mesmo espírito que quer levantar a sua Igreja nos dias de hoje, pois “Os últimos tempos, que estamos vivendo, são os tempos da efusão do Espírito Santo” (CIC 2819), mas também é um tempo de combate em um mundo marcado pelo pecado, que muitas vezes levam os filhos de Deus a viverem na carne, “trava-se por conseguinte um combate decisivo entre a carne e o espírito” (CIC 2819). É preciso ter passado pela escola de Paulo para dizer: "Que o pecado deixe de reinar no vosso corpo mortal" (Rm 6, 12). É momento de uma nova Efusão do Espírito, é momento de combate determinante, é momento de decisão.

Depois do grande derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, a Igreja celebra anualmente a Solenidade de Pentecostes, onde convida os seus fiéis a terem essa experiência renovadora e transformadora com o Espírito Santo. Precisamos aproveitar novamente essa grande oportunidade que Deus nos dá, de fortalecermos a nossa fé, deixarmos o medo, a timidez, a insegurança, e nos tornarmos cristãos renovados pelo Espírito Santo. Para a Renovação Carismática Católica, é momento de pedir uma nova efusão, e clamar a força do alto “Veni Creator Spiritus”.

Antonio Sá de Aguiar – (Tony Sá)

Núcleo Nacional do Ministério de Cura e Libertação

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